A partir desta terça-feira (9), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul avança mais um capítulo no processo de ressarcimento às vítimas do advogado Maurício DallAgnol. A 4ª Vara Cível de Passo Fundo autorizou a liberação de R$ 5,3 milhões, valor que será destinado a um novo grupo de credores.
Esta etapa contempla 30 pessoas listadas entre as posições 97 e 127 na relação organizada pelo Judiciário. Para que o repasse seja efetuado, os representantes legais de cada vítima precisam comparecer à Vara Cível munidos dos documentos que comprovam o crédito e atestam o trânsito em julgado das ações.
A soma que agora está disponível refere-se ao dinheiro apreendido durante a Operação Barba Negra, deflagrada em maio pelo Ministério Público. Na ocasião, o Gaeco localizou quantias em espécie tanto no escritório quanto na residência de DallAgnol. Segundo o promotor Diego Pessi, a liberação dos valores ocorreu após um acordo entre o MP e o Judiciário.
“Os recursos confiscados foram direcionados pelo juízo criminal, com concordância do Ministério Público, para a ação civil pública destinada à reparação das vítimas”, explicou.
Fila de credores ainda é longa
Somente em Passo Fundo, mais de 700 pessoas aguardam ressarcimento. A ordem de pagamento segue a data de ingresso de cada processo, conforme definido pela 4ª Vara Cível.
Até agora, 126 credores já receberam aproximadamente R$ 75 milhões, soma que inclui não apenas valores financeiros, mas também bens utilizados para compor a indenização. Com o novo repasse, apenas em 2025 os pagamentos já chegam a R$ 8 milhões.
O juiz responsável pela condução dos pagamentos ressalta que os recursos destinados às vítimas vêm tanto do material apreendido durante a operação quanto de valores bloqueados em ações de cobrança movidas pelo próprio DallAgnol contra ex-clientes. Esses montantes, antes destinados ao advogado, estão sendo redirecionados para compensar quem sofreu prejuízos.
Situação atual do advogado
Maurício DallAgnol está preso desde 5 de junho. Ele foi detido em sua casa, em Passo Fundo, e posteriormente transferido para a Penitenciária Estadual de Canoas, na Região Metropolitana. A prisão integra os desdobramentos da Operação Barba Negra, investigação que apura um esquema de apropriação irregular de valores de clientes.
Fonte: VangFM
Editado por Jefferson
Gauchão
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