Boato sobre IPVA e placas para bicicletas volta a circular na internet, mas informação é falsa: entenda o que realmente muda

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Nos últimos dias, voltou a circular nas redes sociais e grupos de mensagens a alegação de que o Governo Federal teria passado a obrigar o pagamento de IPVA e o emplacamento de bicicletas, inclusive as tradicionais. A narrativa inflamou debates, gerou sarcasmo e até revolta — mas a verdade é bem mais simples: a informação é falsa.

Segundo fontes oficiais e esclarecimentos já emitidos pela Secretaria de Comunicação do Governo Federal, o boato não passa de uma distorção das regras divulgadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Ainda que o assunto ganhe repercussão sempre que alguma norma relacionada a veículos leves é anunciada, nada mudou para quem pedala uma bicicleta tradicional.

O que é fato?

As regras atuais diferenciam com clareza os tipos de veículos:

🚲 Bicicletas tradicionais

  • São consideradas veículos de propulsão humana.

  • Não precisam de registro, emplacamento, habilitação ou pagamento de IPVA.

  • Continuam exatamente como sempre foram: livres de taxas e burocracias.

⚡ Bicicletas elétricas (que seguem critérios técnicos)

  • Também estão dispensadas de registro e IPVA, desde que se enquadrem nas especificações do Contran (como potência limitada e velocidade máxima controlada).

  • Ou seja, a grande maioria das “e-bikes” usadas para lazer e deslocamento diário não sofrerá alteração.

🛵 Ciclomotores e scooters elétricas

Aqui está o ponto que gerou confusão:

  • Ciclomotores e scooters elétricas são classificados como veículos automotores, e estes sim passam a ser obrigados a ter placa, registro e habilitação, a partir de janeiro de 2026.

  • Como consequência, estarão sujeitos ao pagamento de IPVA, conforme legislação de cada estado.

Foi essa atualização nas regras de ciclomotores que acabou sendo interpretada — ou distorcida — como se valesse para todas as bicicletas.

E de onde surgiu o boato?

Em junho de 2025, um projeto de lei apresentado no Congresso sugeriu a criação de um imposto específico para bicicletas.
Apesar de a proposta ter viralizado, ela não avançou, e o governo federal já desmentiu qualquer intenção de criar IPVA para bikes.

Ainda assim, publicações desencontradas e manchetes sensacionalistas continuaram a circular, reacendendo o falso alarmismo.

Conclusão: sua bicicleta está segura — e sem boleto

A verdade oficial é direta:
bicicletas tradicionais continuam livres de IPVA, placa e burocracia.
A internet pode até transformar tudo em polêmica, mas, por enquanto, pedalar segue sendo uma das poucas atividades no Brasil que ainda não virou motivo para pagar imposto.

Se quiser se preocupar com algo, deixe isso para 2026 — e somente se você tiver uma scooter elétrica que corre mais que ciclista no sprint final. Até lá, pode pedalar tranquilo.





Aqui vão algumas imagens de ciclomotores elétricos (scooters / motonetas elétricas) — ou seja, veículos que, segundo as novas regras do Contran, precisarão a partir de 2026 ter placa, registro, licenciamento e o condutor deverá ter CNH categoria A ou ACC.


Fonte: Google

Editado por Jefferson Gauchão

 

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