Imprudência domina o trânsito e transforma Passo Fundo em laboratório de erros repetidos

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Sinal vermelho segue sendo “opcional” para muitos motoristas

Passo Fundo — Em Passo Fundo, 2025 confirmou uma tradição que atravessa gerações: as leis de trânsito continuam sendo tratadas como meras sugestões educadas. Levantamento da Prefeitura, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Transportes, revela que 67% dos acidentes registrados no município têm como causa a imprudência — um índice alto, reincidente e absolutamente coerente com o que se vê diariamente nas ruas.

A lista dos campeões de ocorrências segue firme, imune a campanhas e bom senso: avanço do sinal vermelho, excesso de velocidade, celular ao volante e a mistura nada criativa de álcool e direção. Um verdadeiro “pacote completo” de más decisões que insiste em liderar as estatísticas.

Somente neste ano, 69.981 infrações de trânsito foram registradas. O número, embora assustador, representa uma redução de 8% em relação a 2024. Um dado comemorado com cautela, já que parte da população suspeita que a diminuição não seja fruto de consciência coletiva, mas de algo mais simples: ninguém viu fiscalização suficiente para ser multado.

O secretário de Segurança Pública e Transportes, Tadeu Trindade, afirma que a maioria das ocorrências poderia ser evitada com atitudes responsáveis no trânsito, lembrando os investimentos em infraestrutura, equipamentos, novos agentes e na Escola Pública de Trânsito. A iniciativa é louvável, embora muitos motoristas continuem aprendendo apenas quando o prejuízo chega.

Perfil repetido, problema persistente

Os dados ainda mostram que os acidentes envolvem majoritariamente homens entre 18 e 35 anos, faixa etária conhecida pela combinação explosiva de pressa, autoconfiança e pouca disposição para respeitar regras. São motoristas que acreditam dominar o volante, o tempo e o espaço — até que a física resolve discordar.

Apesar das políticas públicas, campanhas educativas e estatísticas bem organizadas, o trânsito de Passo Fundo segue funcionando como um experimento social diário, onde todos sabem o que deve ser feito, mas poucos fazem.

No fim, a segurança viária continua sendo tratada como responsabilidade coletiva — exceto quando é hora de fiscalizar, organizar ou intervir. Aí, como manda a tradição, alguém chama a Brigada Militar.

Fonte: jornal do comerco


Editado por Jefferson Gauchão

 

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