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| foto: Uirapuru |
Os veículos, todos zero quilômetro, foram apresentados com direito a fotos, solenidade, discursos e aquela velha expectativa de que, finalmente, agora o trânsito vai fluir. Motoristas locais aguardam ansiosos para descobrir se as novas viaturas terão superpoderes — como teletransporte, raio antiparada indevida ou detector automático de “motorista que liga o pisca-alerta e acha que pode estacionar em qualquer lugar”.Durante o anúncio, autoridades destacaram que a chegada das novas viaturas representa “um grande avanço”. Motoristas passo-fundenses, por outro lado, seguem torcendo para que esse avanço não seja só até o próximo quebra-mola.
Veículos novos, velhos problemas
A Guarda Municipal afirma que as viaturas
reforçarão ações de fiscalização, rondas e atendimento a ocorrências. A
população, no entanto, já se pergunta:
·
Será que agora finalmente alguém vai fiscalizar quem para em fila dupla
“rapidinho”?
·
E os motociclistas que acham que cada semáforo é
um concurso de arrancada?
·
Aquele carro que estaciona em cima da faixa de
pedestres vai ser notado antes de virar parte da paisagem urbana?
Com quatro viaturas novinhas, pelo menos
combustível não será desculpa… por enquanto.
E a pergunta que não quer calar
Quem anda por Passo Fundo percebe um detalhe
curioso: é mais fácil ver um unicórnio
cruzando a Av. Brasil do que uma viatura da Guarda Municipal circulando por aí.
Andei a semana inteira pela cidade e não cruzei com nenhuma — nem parada, nem andando, nem piscando farol.
Com essa nova frota, fica a dúvida: será
que agora as viaturas vão finalmente aparecer na rua ou vão seguir vivendo no
misterioso Reino das Garagens Invisíveis?
Expectativa x Realidade
A cidade comemora a renovação da frota, mas
sabe que o verdadeiro desafio não está no carro: está no trânsito — e em seus
personagens nada discretos.
Se as novas viaturas farão milagres ou apenas darão uma volta turística pelos mesmos congestionamentos de sempre, só o tempo dirá. Até lá, o trânsito segue como Passo Fundo conhece bem: uma aventura diária entre buzinas, brecadas e aquele motorista que nunca usa seta porque acredita que adivinhação é esporte olímpico.
Fonte: Uirapuru
Editado por Jefferson Gauchão
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