“Cinegrafista do crime” é preso em SC após filmar esquema brutal de torturas; quadrilha de Caxias do Sul é alvo de operação da Polícia Civil

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A Polícia Civil desmantelou, nesta quinta-feira (27), uma organização criminosa responsável por sequestros, torturas e extorsões na região de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Um dos principais investigados — conhecido como “cinegrafista do crime” por registrar vídeos de agressões brutais — foi capturado no município de Imbituba (SC), onde havia se escondido para continuar atuando no esquema.

A ação integra a Operação Ormertà, deflagrada pela 1ª Delegacia de Polícia de Caxias do Sul, com apoio da Polícia Civil catarinense, por meio da Decap (Delegacia de Capturas) e da Dras (Delegacia de Roubos e Antissequestro). Ao todo, quatro homens foram presos nesta quinta-feira, além de um suspeito que já havia sido detido anteriormente.


Quadrilha atuava como braço violento de agiotas e do tráfico

Segundo as investigações, a organização criminosa funcionava como um serviço terceirizado de cobrança violenta para agiotas e traficantes. Quando o devedor não quitava o dinheiro, o grupo agia com brutalidade para intimidar e forçar o pagamento.

A motivação dos crimes envolvia:

  • dívidas ligadas ao tráfico de drogas,

  • empréstimos ilegais com agiotas, que contratavam a quadrilha para “resolver” as cobranças.

A Polícia Civil destacou que o grupo operava com extrema crueldade, utilizando máquinas de choque, espancamentos e diversas formas de tortura, além de manter vítimas sequestradas por horas ou dias. Tudo era filmado para aumentar o terror psicológico.


O papel do “cinegrafista do crime”

O preso em Imbituba não apenas auxiliava nos sequestros e agressões, mas também registrava cada etapa da violência, produzindo vídeos que eram enviados às vítimas e seus familiares como forma de ameaça.

Os investigadores afirmam que ele era responsável por:

  • filmar as sessões de tortura,

  • editar e montar vídeos,

  • participar diretamente dos sequestros,

  • repassar o material aos mandantes da cobrança.

As gravações eram utilizadas para pressionar o pagamento imediato das dívidas, funcionando como uma ferramenta de terror.


Operação de grande alcance e impacto

A Operação Ormertà mobilizou equipes do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina para o cumprimento de mandados de prisão e busca. A captura do “cinegrafista” em outro estado reforça a suspeita de que a quadrilha havia ampliado sua atuação e tentava se reorganizar fora da Serra Gaúcha.

No total, foram apreendidos celulares, computadores, equipamentos de gravação e outros objetos que devem ajudar na identificação de mais integrantes da rede criminosa e de vítimas ainda não localizadas.


Investigações continuam

Os detidos devem responder por:

  • organização criminosa,

  • sequestro,

  • tortura,

  • extorsão,

  • ameaça,

  • coação no curso do processo.

A Polícia Civil segue analisando os materiais apreendidos e não descarta novas prisões nos próximos dias.

Fonte: ND+

Editado por Jefferson Gauchão

 

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