A ação integra a Operação Ormertà, deflagrada pela 1ª Delegacia de Polícia de Caxias do Sul, com apoio da Polícia Civil catarinense, por meio da Decap (Delegacia de Capturas) e da Dras (Delegacia de Roubos e Antissequestro). Ao todo, quatro homens foram presos nesta quinta-feira, além de um suspeito que já havia sido detido anteriormente.
Quadrilha atuava como braço violento de agiotas e do tráfico
Segundo as investigações, a organização criminosa funcionava como um serviço terceirizado de cobrança violenta para agiotas e traficantes. Quando o devedor não quitava o dinheiro, o grupo agia com brutalidade para intimidar e forçar o pagamento.
A motivação dos crimes envolvia:
-
dívidas ligadas ao tráfico de drogas,
-
empréstimos ilegais com agiotas, que contratavam a quadrilha para “resolver” as cobranças.
A Polícia Civil destacou que o grupo operava com extrema crueldade, utilizando máquinas de choque, espancamentos e diversas formas de tortura, além de manter vítimas sequestradas por horas ou dias. Tudo era filmado para aumentar o terror psicológico.
O papel do “cinegrafista do crime”
O preso em Imbituba não apenas auxiliava nos sequestros e agressões, mas também registrava cada etapa da violência, produzindo vídeos que eram enviados às vítimas e seus familiares como forma de ameaça.
Os investigadores afirmam que ele era responsável por:
-
filmar as sessões de tortura,
-
editar e montar vídeos,
-
participar diretamente dos sequestros,
-
repassar o material aos mandantes da cobrança.
As gravações eram utilizadas para pressionar o pagamento imediato das dívidas, funcionando como uma ferramenta de terror.
Operação de grande alcance e impacto
A Operação Ormertà mobilizou equipes do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina para o cumprimento de mandados de prisão e busca. A captura do “cinegrafista” em outro estado reforça a suspeita de que a quadrilha havia ampliado sua atuação e tentava se reorganizar fora da Serra Gaúcha.
No total, foram apreendidos celulares, computadores, equipamentos de gravação e outros objetos que devem ajudar na identificação de mais integrantes da rede criminosa e de vítimas ainda não localizadas.
Investigações continuam
Os detidos devem responder por:
-
organização criminosa,
-
sequestro,
-
tortura,
-
extorsão,
-
ameaça,
-
coação no curso do processo.
A Polícia Civil segue analisando os materiais apreendidos e não descarta novas prisões nos próximos dias.
Fonte: ND+
Editado por Jefferson Gauchão
📰 Leia também:
Brigada Militar recebe homenagem na Câmara de Vereadores de Sapucaia do Sul nesta terça (18)
Incêndio consome 30 mil m² de vegetação em Marau
Médico é condenado a 17 anos por fraudar fila do SUS em SC
TaQi inicia fechamento de lojas no Rio Grande do Sul e acende alerta no varejo gaúcho





0 COMENTÁRIOS. AQUI:
Postar um comentário