Emergência do Hospital de Clínicas de Passo Fundo Opera Muito Acima da Capacidade; Atendimentos São Restritos a Casos Críticos

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O Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo está enfrentando uma crise de superlotação em sua Unidade de Emergência. A ocupação tem ultrapassado em muito sua capacidade operacional, chegando a 178% em determinados momentos recentes, e até 206% no início da semana.

Por causa disso, o hospital restringiu os atendimentos para priorizar casos de urgência e emergência. Atendem-se, preferencialmente, pessoas em situação crítica — infartos, AVC, traumas, insuficiência respiratória, etc. Casos menos graves têm sido encaminhados para outras unidades de saúde ou orientados a aguardar.

Causas

Vários fatores parecem contribuir para esse cenário:

  • Alta demanda por atendimentos respiratórios: epidemias de gripes ou outras síndromes respiratórias elevam muito o número de pessoas buscando atendimento hospitalar. Casos graves de diferentes naturezas: não são apenas doenças respiratórias; há também atendimentos por AVC, infarto, traumas, etc., o que consome rapidamente leitos e recursos da emergência. Limites estruturais: embora já tenha ocorrido ampliação da emergência do HC — por exemplo, uma nova estrutura inaugurada em 2023, com aumento de área e leitos para dor torácica e centro de AVC. o uso intensivo e continuo vai além dos limites projetados.
  • Sobrecarga prolongada: a ocupação excessiva não é coisa de um dia só; registros apontam que há meses a emergência está operando acima do normal, o que agrava o desgaste de equipamentos, pessoal e logística. Consequências
  • Recursos humanos e materiais sobrecarregados, elevando risco de falhas ou atrasos.
  • Acolhimento limitado para pacientes que não estão em risco imediato, o que pode significar piora do quadro se o atendimento não for rápido.
  • Sobrecarga nos demais hospitais da rede e postos de atendimento básicos, que acabam recebendo casos que deveriam ser resolvidos em emergências, mas também enfrentam limitações.
  • Maior pressão política e social, com comissões, vereadores e população cobrando soluções urgentes. O que está sendo feito
  • O hospital já determinou que, enquanto estiver com lotação muito acima da capacidade, priorize atendimentos a urgências graves e emergenciais. Há articulação com autoridades locais para buscar alternativas de reforço, como ampliar leitos críticos, otimizar fluxos de atendimento, fortalecer a atenção básica para aliviar a demanda hospitalar. A prefeitura está implementando a chamada “Operação Inverno” para reforçar atendimento básico e evitar que quadros leves se transformem em emergências.

Desafios

  • Financiamento e custo: manter alto nível de atendimento, com sobrecarga constante, exige muito investimento em plantões extras, insumos, manutenção.
  • Recursos humanos: equipe médica, enfermeiros, técnicos sujeitos a jornadas intensas; risco de burnout, absenteísmo ou queda de qualidade.
  • Infraestrutura: leitos, equipamentos, espaço físico que possam suportar picos de demanda.
  • Coordenação da rede de saúde: é necessário que UBSs, UPAs, pronto atendimentos menores absorvam casos leves/menos urgentes para desafogar as emergências.

Sugestões de pautas para aprofundar

  • Entrevista com profissionais da emergência do HC para saber como lidam no dia a dia com a sobrecarga.
  • Relato de pacientes: quem foi ou está sendo atendido, qual a experiência.
  • Comparativo com outras cidades do RS ou do Brasil que enfrentam problema similar — como elas reorganizaram seus sistemas de saúde.
  • Investigação dos custos: quanto custa manter atendimento emergencial em situação de superlotação.
  • Políticas para prevenção: vacinação, campanhas de atenção primária, educação para uso consciente dos hospitais.

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