Uma investigação policial revelou que uma facção criminosa do Rio Grande do Sul mantinha uma estrutura de lavagem de dinheiro que incluía pousadas e imóveis de alto padrão em praias de Santa Catarina. Os bens eram utilizados tanto para lazer de integrantes do grupo quanto para encobrir o lucro obtido com atividades ilegais como tráfico de drogas e armas.
A ação faz parte de uma operação conjunta das polícias civis do RS e de SC, que cumpriu mandados de busca e apreensão em cidades do litoral catarinense, como Balneário Camboriú, Itapema e Florianópolis. Os imóveis, muitos deles registrados em nome de laranjas ou empresas de fachada, chamaram a atenção pelo alto padrão e pela localização privilegiada.
Lavagem de dinheiro e ostentação
Segundo as investigações, os líderes da facção usavam os imóveis para ostentar um estilo de vida de luxo, com festas privadas, lanchas e carros importados. Uma das pousadas investigadas operava com fachada legal, mas não apresentava movimentação compatível com os valores investidos.
A estimativa é que o grupo tenha movimentado milhões de reais com a compra e venda desses imóveis ao longo dos últimos anos. Parte dos recursos também era enviada para o exterior.
Operação segue em andamento
As investigações continuam, e a polícia não descarta novas fases da operação. Alguns imóveis já foram bloqueados judicialmente e devem passar por perícia financeira e patrimonial.
A atuação da facção em Santa Catarina acendeu um alerta sobre a expansão territorial de grupos criminosos gaúchos, que têm buscado o litoral catarinense para se esconder e lavar dinheiro de forma sofisticada.
Mais atualizações sobre o caso serão divulgadas pelas autoridades nos próximos dias.
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