O Aeroporto de Pelotas detalha a operação de balizamento e seu "alfabeto" de movimentos, luzes e marcas no solo que leva a aeronave com precisão até a posição, garantindo embarques e desembarques seguros
Os profissionais do Aeroporto de Pelotas realizam diariamente um conjunto de operações fundamentais que acontecem a cada pouso e decolagem. Uma delas é o balizamento de aeronaves, uma espécie de coreografia silenciosa que transforma sinais de mãos e lanternas em uma linguagem universal de segurança.
Pouco notado pelos passageiros que observam o avião estacionar junto à ponte de embarque (ou finger), o balizamento é conduzido por profissionais conhecidos como fiscais de pátio. É deles a tarefa de guiar a aeronave, nos instantes finais da chegada, até a posição exata onde motores serão desligados e o desembarque terá início. Para isso, utilizam gestos padronizados pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e incorporados às normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Esses gestos, repetidos da mesma forma em qualquer aeroporto do mundo, reduzem riscos de colisão com veículos de apoio, equipamentos e até outras aeronaves.
Durante o dia, os sinais podem ser feitos com bastões e raquetes não luminosas. Já em operações noturnas ou sob baixa visibilidade, entram em cena as lanternas, ou hastes iluminadas que ampliam a clareza dos comandos. Movimentos que parecem simples para o olhar leigo são, na verdade, um alfabeto visual preciso: braços estendidos para frente indicam avanço; movimentos circulares com uma das mãos ordenam curvas à esquerda ou à direita; e braços cruzados sobre a cabeça determinam parada imediata. Depois disso, seguem-se outros sinais para calçar rodas, acionar ou liberar freios e cortar motores, completando a sequência que garante a segurança do pátio.
As linhas pintadas no chão também fazem parte desse “balé” técnico. Guias amarelas conduzem a aeronave até o ponto de parada, enquanto marcações delimitam áreas de segurança e limites de aproximação. É o encontro entre a sinalização horizontal e o gesto humano que assegura que toneladas de metal se movam com precisão de centímetros, em um espaço compartilhado por veículos, equipamentos e equipes de solo.
O trabalho do fiscal de pátio exige preparo rigoroso. Além de dominar cada gesto do código internacional, os agentes passam por treinamentos que abrangem comunicação, gestão de riscos e protocolos de segurança na área operacional. Também são orientados sobre circulação de veículos no pátio e procedimentos de emergência, sempre integrados aos sistemas de gestão de segurança do aeroporto.
Segundo o Gerente do Aeroporto de Pelotas, Wesley Puygcerver, o balizamento traduz a seriedade com que a operação é conduzida. “Cada gesto do balizamento compõe o procedimento de segurança no processo de chegada da aeronave até sua posição. Os passageiros que desembarcam em Pelotas podem seguir viagem com a confiança de que, mesmo antes de chegar à sala de embarque, a segurança já estava coreografada do lado de fora. Esse cuidado, somado às melhorias contínuas e ao engajamento das equipes, ajuda a explicar os bons resultados do Afonso Pena em 2025”, afirma o gestor.
Sobre o Aeroporto de Pelotas: Atende o sul do Rio Grande do Sul, com voos comerciais e suporte à aviação regional. É um elo importante para a mobilidade e o crescimento da região. Está sob administração da Motiva desde março de 2022.
Sobre a Motiva: Maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, a Motiva atua nas plataformas de Rodovias, Trilhos e Aeroportos. São 39 ativos, em 13 estados brasileiros e mais de 16 mil colaboradores. A Companhia é responsável pela gestão e manutenção de 4.475 quilômetros de rodovias, realizando cerca de 3,6 mil atendimentos diariamente. Em sua plataforma de trilhos, por meio da gestão de metrôs, trens e VLT, transporta anualmente 750 milhões de passageiros. Em aeroportos, com 17 unidades no Brasil e três no exterior, atende aproximadamente 45 milhões de clientes anualmente. Primeira empresa do Brasil a integrar o Novo Mercado, a Companhia está listada há 14 anos no hall de sustentabilidade da B3.
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