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| FOTO: INTERNET |
São
Domingos do Sul (RS) – Um casal foi preso nesta quinta-feira, dia 16 de outubro
de 2025, sob suspeita de torturar duas crianças de muito baixa idade em São
Domingos do Sul, município do Norte do Rio Grande do Sul. As vítimas são uma
menina de aproximadamente 1 ano e 7 meses e um menino de 2 anos e 10
meses (este último com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista –
TEA). Segundo as investigações, as agressões vinham ocorrendo desde maio de
2025.
O caso
veio à tona após denúncias e apurações realizadas pela Polícia Civil, que
instaurou investigação sob tutela da Delegacia de Casca (RS).
O que as investigações apontam
- Segundo o delegado
responsável pelo caso, Tiago Lopes de Albuquerque, o episódio mais grave
ocorreu no dia 6 de outubro, quando o padrasto foi flagrado
agredindo a menina na via pública, ao retornar de uma creche/educação
infantil. Testemunhas relatam que ele arrastou a criança, bateu o rosto
contra uma placa de sinalização, desferiu socos na barriga e chegou a bater
a cabeça contra um poste de concreto.
- As agressões não se
restringiam à menina: o menino também apresentava lesões compatíveis com
maus-tratos.
- Testemunhas afirmaram ter
presenciado as agressões em mais de uma vez.
- A mãe das crianças, de 22
anos, teria permanecido omissa diante das denúncias e das lesões
evidentes: ao ser questionada por professores, conselheiros tutelares ou
autoridades, ela alegava que as marcas eram resultado de “brincadeiras de
criança”.
- As
denúncias chegaram à polícia no dia 7 de outubro, quando foi
formulado pedido de afastamento das crianças do convívio familiar e elas
foram encaminhadas a responsáveis provisórios. Prisões, medidas e situação
das vítimas
O casal,
a mulher de 22 anos e o padrasto (20 anos), foi preso por mandado da Polícia
Civil. Após os procedimentos legais, ambos foram encaminhados ao Presídio
Estadual de Guaporé.
As
crianças foram afastadas do convívio do casal e estão sob guarda provisória de
tutoras indicadas pelas autoridades competentes
Além
disso, a mãe e o padrasto estão proibidos de manter qualquer contato com as
crianças enquanto durar o processo.
Implicações jurídicas e responsabilidade
O caso
está na esfera criminal, com possibilidade de enquadramento por tortura,
lesão corporal e omissão de socorro ou proteção, dependendo do
desenrolar das investigações e laudos periciais.
A vítima
com TEA merece atenção especial, já que crianças com deficiência ou transtornos
são consideradas mais vulneráveis e podem gerar agravantes legais.
Cabe à
Justiça decidir, após o contraditório e devido processo legal, qual será a
responsabilização do casal.
Contextualização social e importância da denúncia
Casos
como este chocam pela extensão da violência contra seres indefesos e suscitam
reflexões importantes:
- A importância de redes de
proteção — escolas, creches, conselhos tutelares — estarem atentas a
indícios de maus-tratos;
- A necessidade de denúncia
por vizinhos, familiares ou profissionais que percebem sinais suspeitos;
- A urgência de agilidade na
intervenção estatal quando crianças estão em risco iminente;
- A relevância de acompanhamento psicológico e social das vítimas para garantir sua recuperação e proteção.




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