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Foto: Band |
No Brasil, pedir comida pode ser perigoso — e não apenas pelo risco de o motoboy atrasar. Em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, uma simples entrega de iFood terminou com disparo de arma de fogo e um policial penal na cadeia.
O autor do tiro foi identificado como José Rodrigo da Silva Ferrarini, que aparentemente confundiu o papel de “cliente” com o de “justiceiro de boteco”. A Justiça do Rio decretou sua prisão neste domingo (31), e a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) tratou de afastá-lo por 90 dias, além de abrir um Processo Administrativo Disciplinar. Sim, apenas 90 dias — porque, claro, dar um tiro em trabalhador aparentemente não é motivo suficiente para ser expulso na hora.
O caso
Segundo a Polícia Militar, os agentes foram chamados após uma discussão entre o entregador e o solicitante da entrega, na Rua Carlos Palut. No meio do bate-boca, Ferrarini achou que o melhor argumento era o gatilho.
A vítima, o motoboy Valério de Souza, trabalha há mais de 10 anos fazendo entregas e, ironicamente, nunca havia precisado de escolta policial até então. Ele foi levado ao Hospital Municipal Salgado Filho, passou por cirurgia e, por sorte, está bem.
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Em nota, a SEAP informou que não compactua com esse tipo de conduta — como se precisasse avisar que “tiro em motoboy” não é política institucional. A corregedoria promete acompanhar as investigações, porque agora não há como fingir que nada aconteceu.
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