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Ação reuniu médicos, pacientes e comunidade para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoceQuem nunca sentiu um incômodo nas articulações ou uma dor insistente na coluna? Muitas vezes, esses sinais são atribuídos a esforços no trabalho ou a um simples mau jeito, mas quando ultrapassam três meses podem indicar doenças reumáticas que exigem acompanhamento especializado. Foi com esse alerta que a Sociedade de Reumatologia do Rio Grande do Sul (SRRS), com apoio da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), realizou neste domingo, dia 28 de setembro de 2025, uma mobilização no Parque da Redenção, em Porto Alegre (RS). A atividade contou com orientações de especialistas, sessões de fisioterapia, informações educativas e acolhimento à população.
O presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr., ressaltou a relevância da iniciativa.
“Este evento reforça a importância de orientar a população sobre a necessidade de procurar um reumatologista diante de dores articulares e em juntas, que podem ser sinais de doenças reumáticas. Fizemos questão de apoiar e estar presente para levar informação de qualidade à sociedade, sobre esse tema que é muito prevalente e precisa ser tratado com atenção”, afirmou.
A presidente da Sociedade de Reumatologia do Rio Grande do Sul, Dra. Penélope Palominos, lembrou que dores persistentes podem ser originadas de uma condição autoimune, e não apenas resultado de esforços do dia a dia. Por isso, é fundamental procurar um reumatologista para investigação adequada.
“O acompanhamento especializado permite não só o diagnóstico precoce, mas também a orientação para hábitos de vida mais saudáveis, como exercícios e alimentação adequada. Além disso, os grupos de pacientes oferecem apoio psicológico, ajudam a esclarecer direitos na área jurídica e orientam sobre o acesso a medicamentos fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde, que muitos nem sabem que têm direito. Trata-se de uma rede de cuidado completa, que amplia a qualidade de vida e dá segurança ao paciente”, explicou.
A mobilização também contou com a presença da Associação de Pacientes com Doenças Reumáticas do Vale dos Sinos (ALUREO Sinos). A presidente e fundadora, Izabel Oliveira, fez um alerta à comunidade.
“Dores em articulações, incômodos persistentes na coluna ou dores intensas que ultrapassam três meses não devem ser ignoradas. Muitas vezes, não se trata apenas de um mau jeito ou esforço repetitivo, mas de um possível quadro de reumatismo que precisa de avaliação médica”, afirmou.
Os visitantes, no horário entre 9h e 11h, além de receberem informações, puderam participar de uma sessão de fisioterapia ao ar livre. Para saber mais sobre doenças reumáticas e consultar a lista de profissionais especializados, acesse o site: www.reumatologia.org.br
Doenças reumáticas
As doenças reumáticas englobam um conjunto de condições que afetam articulações, músculos, tendões e o sistema imunológico, sendo responsáveis por dor crônica e limitação funcional em milhões de pessoas. Entre as mais frequentes estão a osteoartrite, ligada ao desgaste da cartilagem; o lúpus, doença autoimune que pode comprometer pele, rins e outros órgãos; e a artrite reumatoide, inflamação articular crônica que, quando diagnosticada precocemente na forma de artrite reumatoide inicial, permite melhor controle e prevenção de deformidades.
A artrite psoriásica associa lesões articulares à psoríase cutânea, enquanto a gota resulta do acúmulo de ácido úrico, causando crises dolorosas. Já a artrite idiopática juvenil afeta crianças e adolescentes, podendo comprometer o crescimento.
Outras enfermidades importantes incluem a síndrome de Sjögren, marcada por secura ocular e oral; a esclerose sistêmica, que endurece tecidos e vasos; e as miopatias, que provocam fraqueza muscular. Há ainda doenças menos comuns, como a arterite de Takayasu, que inflama grandes vasos, a doença de Behçet, caracterizada por úlceras e inflamação sistêmica, a febre reumática, consequência de infecção por estreptococo, e a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, que aumenta o risco de trombose. Também fazem parte do espectro reumático as LER/DORT, ligadas a esforços repetitivos no trabalho, cada vez mais reconhecidas como problema de saúde pública.
Redação: Marcelo Matusiak
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