Na sexta-feira, 7 de novembro de 2025, a região Sul do Brasil, em especial os estados de Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS), foi atingida por um sistema de tempo severo associado a um ciclone extratropical que gerou rajadas de vento intensas, quedas de árvores e telhados arrancados.
A seguir, apresentamos uma matéria focada nos impactos, nas causas
meteorológicas e nos desdobramentos — com um olhar voltado para as necessidades
de comunicação de riscos e de resposta à emergência.
O que aconteceu e quais regiões foram mais afetadas
Santa Catarina
Na região
Oeste de SC, municípios como Xanxerê e Dionísio Cerqueira registraram danos
severos: quedas de árvores, destelhamentos de casas, de escolas, postes e fios
elétricos.
Em Xanxerê, por exemplo, cerca de 125 famílias foram afetadas e precisaram
receber lonas para cobertura emergencial.
Rio Grande do Sul
Embora
menos detalhado nos relatórios iniciais, o RS também está sob alerta: o
fenômeno meteorológico atingiu partes do noroeste e norte do estado, com risco
de tornados e ventos fortes após a fronteira com SC/PR.
Outras regiões
O
fenômeno não se limitou somente a SC e RS — o estado do Paraná também registrou
mortes e impactos substanciais, o que reforça a magnitude do sistema.
- Ciclone extratropical +
linha de instabilidade poderosa
Especialistas apontam que uma linha de instabilidade acompanhou o ciclone, com formação de supercélulas — o que favoreceu tornados ou microexplosões de vento. - Região vulnerável
A região Oeste de SC, sudoeste do PR e noroeste do RS é considerada um “corredor” de tempestades no Brasil, com maior propensão à ocorrência de tornados. - Ventania
e destelhamentos
As rajadas de vento, combinadas com chuva forte, causaram danos em cobertura de casas, escolas, postes — o impacto direto de vento + precipitação intensa. Impactos concretos: materiais, humanos e de infraestrutura
- Telhados arrancados / casas
danificadas: Em
SC, escolas municipais e residências sofreram destelhamentos.
- Queda de árvores / postes /
fiações:
Causando bloqueios de vias, cortes de energia, risco para a população.
- Emergência humana: Embora SC tenha não
registrado vítimas em alguns municípios até o momento, há mortes
confirmadas em regiões próximas (como no Paraná) e situação de alerta para
RS.
- Interrupção de serviços
públicos: A
rede elétrica e o acesso viário foram comprometidos em diversas
localidades.
Consequências para a população e desafios imediatos
- Famílias com casas
destelhadas ficam vulneráveis a chuvas subsequentes, frio ou infiltrações.
- Deslocamento ou abrigo
emergencial se tornam necessários para aqueles sem teto seguro.
- Recuperação da
infraestrutura (energia, vias, serviços públicos) exige tempo, recursos e
logística.
- A comunicação de risco
(alertas, instruções à população) e a mobilização de equipes de socorro
são essenciais para reduzir danos e preservar vidas.
O que fazer agora: orientações práticas para
comunidades afetadas
- Evite circular por áreas com
fiação caída ou árvores instáveis.
- Proteja ou remova objetos
soltos que possam virar projéteis em novos ventos.
- Caso o telhado esteja
danificado, cubra provisoriamente com lona para evitar infiltrações e
riscos até reparo.
- Mantenha-se atento aos
alertas da Defesa Civil de Santa Catarina e da Defesa Civil do Rio Grande
do Sul; em situações de emergência, procure abrigo seguro.
- Após o evento, registre
danos para acionamento de seguros ou auxílios governamentais.
Este
episódio reforça como regiões do Sul do Brasil, mesmo que não tão frequentes
quanto as zonas temperadas de tornados famosos, enfrentam riscos reais de
tempestades severas, ciclones extratropicais com ventos intensos e tornados
localizados.
Para os moradores de SC, RS e regiões vizinhas, o momento exige vigilância
reforçada, preparação e solidariedade comunitária. O fenômeno que atingiu essas
regiões é um lembrete de que a mudança do clima e a instabilidade atmosférica
podem amplificar eventos extremos — e requerem que todos nós estejamos mais bem
preparados.
Este mapa mostra a projeção da trajetória do ciclone extratropical que avançou pelo Sul do país.
Outro mapa apresenta o risco por rajadas de vento e destelhamentos em Santa Catarina.
Também há mapas do número de municípios atingidos no Rio Grande do Sul.
Dados de impacto por estado
Rio Grande do Sul
- Conforme boletim da Defesa
Civil do Rio Grande do Sul, 52 municípios foram atingidos por
chuvas intensas, granizo, alagamento e vendaval. Até o momento desse
relatório: 234 pessoas desabrigadas, 331 desalojadas e cerca
de 17.399 pessoas afetadas no evento. Em outro evento anterior,
foram relatados 1.538 desabrigados e 13.824 desalojados em 48
municípios. Em alguns municípios específicos:
- Sobradinho: mais de 2.000
residências danificadasCampo Novo: destelhamentos em aproximadamente 140
residências.
- Coronel Bicaco: 20
residências + 15 galpões danificados; ~240 pessoas afetadas.
Santa Catarina
- Um boletim da Defesa Civil
do Estado de Santa Catarina referiu que 135 municípios registraram
danos após passagem de um ciclone extratropicalNesse mesmo levantamento:
foram ao menos 2.200 unidades habitacionais danificadas no estado
(residências).
- Outro relato anterior: 25
municípios afetados por chuvas, com mais de 1.300 pessoas impactadas.
Limitações e lacunas
- Os relatórios disponíveis não
especificam para todos os municípios número de famílias afetadas,
perdido ou detalhado por residência.
- Em muitos casos os dados são
de eventos anteriores ou combinam diferentes tipos de desastre (chuva,
vendaval, granizo) — nem sempre apenas o ciclone mais recente.
- Há retardo na atualização
dos dados municipais, o que pode implicar que os números mudem ou sejam
maiores do que os relatados.
- Nos mapas, a distinção entre
intensidade dos danos (leve/moderado/grande) nem sempre é clara ou
padronizada.
Editado por Jefferson Gauchão
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