💸 Pente-fino do governo: 177 mil famílias terão que “devolver” o Auxílio Emergencial — e o pobre, claro, virou o alvo da vez

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Passo Fundo (RS)
– Lembra do Auxílio Emergencial, aquele dinheiro que ajudou milhões de brasileiros a colocar comida na mesa no auge da pandemia? Pois é. Agora o governo resolveu fazer as contas e decidiu que 177 mil famílias receberam o benefício “indevidamente” — e, adivinha? Terão que devolver até o último centavo.

O valor total da cobrança chega a R$ 478,8 milhões. No Rio Grande do Sul, mais de 6 mil famílias foram notificadas. Em Passo Fundo, já tem gente com o coração na mão e o WhatsApp apitando com mensagens do “tio governo” cobrando de volta o dinheiro que, lá atrás, parecia um respiro.


🧐 O motivo? O sistema “descobriu” que você não era tão pobre assim…

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, um supercruzamento de dados descobriu que muita gente teria recebido o auxílio “sem precisar”. O motivo?

  • Estava empregado (mesmo que por pouco tempo ou com salário de fome);

  • Recebia aposentadoria ou pensão;

  • Tinha renda acima do limite (aquele limite que mal dá pra pagar aluguel e gás);

  • Ou simplesmente o sistema bugou e achou que o CPF era “rico”.

Mas calma: o governo garante que “só” quem realmente recebeu de forma indevida vai ter que pagar. E que os mais pobres estão protegidos. Ufa! (Será?)


📲 Notificações por todos os lados — SMS, e-mail e até WhatsApp

O cidadão vai descobrir que tem uma dívida com o governo da forma mais moderna possível: por SMS, e-mail, WhatsApp e pelo aplicativo Notifica do gov.br.

Nada como acordar de manhã e ver uma mensagem dizendo:

“Bom dia! Você deve ao governo. Clique aqui para devolver.”

A boa notícia é que o pagamento pode ser feito via PIX, boleto ou cartão de crédito (porque devolver o que não se tem precisa ser prático, né?).
E ainda dá pra parcelar em até 60 vezes, com parcela mínima de R$ 50. Um carnê do Serasa versão federal.


😒 E se você não pagar?

Aí a história fica ainda mais divertida: o nome pode ir parar na Dívida Ativa da União, no Cadin e, claro, no SPC/Serasa.
Ou seja, a pessoa que um dia recebeu o auxílio pra comprar arroz e leite agora pode ficar negativada por tentar sobreviver.


🚫 Golpes e confusões à vista

O governo diz que não envia links de pagamento por WhatsApp — mas, convenhamos, quem vai saber o que é golpe e o que é “cobrança oficial”?
Até especialistas de Passo Fundo estão preocupados.

O contador Fábio Menezes comenta:

“Tem gente recebendo mensagem falsa e achando que é verdadeira. Mas também tem quem receba a verdadeira e ache que é golpe. No fim, ninguém sabe mais quem tá cobrando o quê.”

A advogada Luciana Tavares vai além:

“Há casos em que a cobrança é injusta. O sistema errou, e o cidadão precisa correr atrás de provar que estava em situação de vulnerabilidade. O problema é que, geralmente, quem mais precisa nem sabe por onde começar.”


📊 Os estados “campeões” do pente-fino

A auditoria pegou pesado em estados com maior população:

  • São Paulo – 55,2 mil famílias;

  • Minas Gerais – 21,1 mil;

  • Rio de Janeiro – 13,3 mil;

  • Paraná – 13,2 mil;

  • Rio Grande do Sul – pouco mais de 6 mil famílias.

Ou seja: o mapa da cobrança parece mais um lembrete de que, quando o dinheiro é pra quem tem pouco, o controle é rígido. Mas quando é pra grandes esquemas ou emendas secretas… o pente-fino some misteriosamente.


🧾 Como conferir se você está na lista

Se bateu a dúvida, é possível verificar no site oficial:
👉 www.gov.br/auxilio

Mas cuidado! Não clique em links suspeitos, e não mande dados pessoais por WhatsApp.
Afinal, em tempos de “caça aos beneficiários”, o golpe pode vir até disfarçado de governo federal.


💬 No fim das contas...

O Auxílio Emergencial foi o respiro de um país sufocado pela pandemia. Agora, o “pente-fino” soa mais como uma tesoura na dignidade de quem já teve que se virar com pouco.
Porque, no Brasil, parece que o pobre tem que prestar conta até do pão que comprou — enquanto outros seguem “ajudando” o país sem nunca devolver nada.


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