Anac reduz frequência de voos em sete aeroportos: entenda o que muda Passo Fundo esta na lista..

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O que foi decidido

No dia 6 de outubro de 2025, a Anac publicou três portarias que limitam as frequências semanais de voos comerciais regulares em sete aeroportos regionais brasileiros — até que sejam feitas adequações de infraestrutura por parte dos operadores desses terminais. A medida se aplica até 28 de março de 2026, ou até que as adequações exigidas sejam concluídas.

Quais aeroportos foram afetados

Os aeroportos que tiveram as limitações definidas são os seguintes:

Aeroporto

Estado

Frequência semanal permitida

Aeroporto de Araçatuba (SP)

São Paulo

4 frequências por semana (aeronaves código 4C)

Aeroporto Regional Sul – Jaguaruna (SC)

Santa Catarina

12 frequências por semana

Aeroporto de Passo Fundo – Lauro Kurtz (RS)

Rio Grande do Sul

10 frequências por semana

Aeroporto de Presidente Prudente (SP)

São Paulo

6 frequências por semana (aeronaves código 4C)

Aeroporto de São José do Rio Preto – Prof. Eribelto Manoel Reino (SP)

São Paulo

30 frequências por semana

Aeroporto de Fernando de Noronha (PE)

Pernambuco (ilhas)

31 frequências por semana

Aeroporto Hugo Cantergiani (Caxias do Sul, RS)

Rio Grande do Sul

21 frequências por semana (aeronaves código 3C)

Além desses limites, há restrições adicionais, por exemplo: não poderão operar voos noturnos nos aeroportos que ainda não instalaram ou estão com inoperante o equipamento de precisão de aproximação (PAPI) — exceto em casos de emergência médica.

Por que a medida foi tomada

A Anac justifica a medida por falta de conformidade desses aeroportos com requisitos de infraestrutura e segurança operacional, estabelecidos no RBAC nº 139 (Regulamento Brasileiro de Aviação Civil) e em disposições transitórias associadas.
Entre os principais pontos de adequação exigidos estão:

  • compatibilização da largura da pista de pouso/decolagem com os tipos de aeronaves que operam no local;
  • manutenção da faixa de pista preparada, limpa e livre de obstáculos; delimitação correta da Área de Segurança de Fim de Pista (RESA – Runway End Safety Area);
  • instalação e operação de equipamento de aproximação de precisão (PAPI).

Esses critérios visam garantir que as operações aéreas nos terminais regionais ocorram com níveis adequados de segurança e redundância, especialmente à noite ou em condições meteorológicas adversas.

Quais os impactos para passageiros, companhias aéreas e aeroportos

Para os passageiros:

  • Possível redução no número de opções de voos semanais nesses aeroportos — o que pode significar menos flexibilidade, possíveis alterações em horários ou até remoção de rotas se as empresas julgarem inviável.
  • Dependendo da situação local, poderá haver mais dependência de aeroportos próximos ou necessidade de deslocamento adicional para embarque/desembarque.
  • Em casos onde o PAPI está inoperante, voos noturnos podem não ocorrer ou estar sujeitos a restrições, o que pode afetar quem viaja em horários menos convencionais.

Para as companhias aéreas:

  • Podem haver ajustes de malha, com menor oferta de voos em determinados aeroportos.
  • Necessidade de rever modelos de operação, possivelmente migrar para aeroportos alternativos ou renegociar condições.
  • Pressão para que os aeroportos terminem as adequações — para que possam retomar a plena operação e recuperar a conectividade.

Para os aeroportos/regiões afetadas:

  • Pressão para investimento em infraestrutura, obras, adequações técnicas para cumprimento dos requisitos da Anac.
  • Enquanto as melhorias não forem concluídas, a limitação de frequências pode impactar a atratividade da região para turismo, negócios, e mobilidade regional.
  • Em contrapartida, a medida também sinaliza um compromisso regulatório com segurança e qualidade, o que pode atrair bons operadores no médio prazo.

O que muda no curto e no médio prazo

  • No curto prazo: as limitações já estão vigentes até 28 de março de 2026 — esse é o prazo máximo fixado pelas portarias enquanto as adequações não estiverem concluídas.
  • No médio prazo: caso os aeroportos façam as adequações mais cedo, poderão ter as restrições levantadas antecipadamente. A Anac informa que as limitações são temporárias e condicionadas à finalização das melhorias.
  • Em regiões como a de Passo Fundo (RS) ou Caxias do Sul (RS), onde a conectividade regional é importante, há o risco de que a limitação afete o desenvolvimento local até que tudo seja regularizado.
  • A medida também pode servir de “alerta” para outros aeroportos que ainda não estejam em plena conformidade com os requisitos regulatórios — reforçando que a segurança e infraestrutura são cada vez mais prioritárias para a aviação regional.

Pontos de atenção e possíveis perguntas

  • Será que algumas rotas serão suspensas pelas companhias aéreas nesses aeroportos por conta da limitação? Vale acompanhar anúncios das empresas locais.
  • Como está o status das obras de adequação em cada aeroporto? Os operadores locais já divulgaram cronograma para cumprimento?
  • Para passageiros que costumam usar esses aeroportos: verificar com antecedência seus voos, se há previsão de mudanças de horário, ou se há restrições para voos noturnos.
  • A limitação não significa necessariamente que todos os voos serão cancelados — e sim que existe um limite máximo de frequências semanais, sujeito às operações atuais e às condições de infraestrutura. Por exemplo, para o Aeroporto de Presidente Prudente, apesar do limite de 6 frequências semanais, o operador disse que “não há qualquer alteração nos voos que chegam ou partem do aeroporto até o momento”.

Por que isso importa?

A aviação regional é um vetor estratégico para conectar cidades menores à malha nacional, facilitar o turismo, negócios, e integracao regional. Quando aeroportos não atendem os requisitos mínimos de infraestrutura, isso pode comprometer a segurança, a confiabilidade dos voos, e a expansão das rotas regionais.
Com a medida da Anac, evidencia-se que o Brasil está exigindo maior conformidade técnica para aeroportos regionais — o que pode trazer benefícios em segurança, mas também exige maior esforço de investimento e adaptação.

Conclusão

A limitação da frequência de voos por parte da Anac em sete aeroportos regionais é uma medida de curto prazo condicionada à correção de deficiências de infraestrutura operacional. Para passageiros, companhias aéreas e gestores locais, a recomendação é acompanhar de perto a situação, pois pode haver ajustes de ofertas, alterações de malha, e novas oportunidades assim que as adequações forem concluídas.
No final das contas, trata-se de garantir que até mesmo aeroportos menores operem com padrões mínimos de segurança e eficiência — se isso pesar no curto prazo, pode trazer ganhos importantes para a qualidade da aviação regional no futuro.

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