A Be8, empresa sediada em Passo Fundo e líder nacional na produção de biodiesel, recebeu esta semana aprovação de financiamento no valor de R$ 290,2 milhões do BNDES, por meio do programa “Mais Inovação”, para instalar no município a primeira fábrica de glúten vital do Brasil
🔬 Sobre o investimento
- A
linha produzirá 25,6 mil toneladas/ano de glúten vital — atualmente
100 % importado — atendendo à demanda nacional e possivelmente do Mercosul
- Estará
localizada junto a uma biorrefinaria que produzirá etanol de cereais;
integração que otimiza custos e permite uso eficiente dos subprodutos
- Serão
processadas cerca de 525 mil toneladas de cereais/ano, gerando
ainda 153 mil toneladas de farelo DDGS para ração animal, além de
209 milhões de litros de etanol anidro 📍 Por que Passo Fundo?
- A fábrica será construída
próxima a 170 municípios que representam mais da metade da produção de
trigo do RS, o principal produtor nacional
- A implantação fortalece o
agronegócio local, oferecendo alternativa rentável para o cultivo de
cereais de inverno.
👷 Impacto social e sustentável
- Geração estimada de 29
empregos diretos e cerca de 500 indiretos
- A planta funcionará com gaseificação
de biomassa, fornecendo também energia renovável à rede local,
sem geração de efluentes líquidos, que serão reaproveitados para produção
de vapor
- O
projeto está alinhado à política industrial “Nova Indústria Brasil” e
busca reduzir dependência de insumos importados 🗣️ O que dizem os
envolvidos
- Aloizio Mercadante, presidente do BNDES:
“Com essa planta pioneira financiada pelo Banco, o
Brasil deixa de ser 100 % dependente da importação de glúten e passa a ocupar
um novo espaço estratégico na cadeia de trigo.” B
- José Luis Gordon, diretor do BNDES: reforça
que será possível atender à demanda nacional e exportar, além de
fomentar inovação tecnológica
- Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8:
“Esse é um parque fabril que integra um conceito
importante de geração de energia renovável e produção de alimento, confirmando
que esses dois desafios podem ser superados de forma conjunta.”
🛠️ Próximos passos
- A planta já está em obra
de terraplanagem como parte do complexo de etanol integrado, com um
investimento total estimado em R$ 729,7 milhões (R$ 500 milhões do
BNDES para a biorrefinaria + R$ 290,2 milhões para a fábrica de glúten)
- A
previsão de início das operações está prevista para 2026, numa área
de 80 hectares, com base, fundações e estrutura a serem erguidas ainda
neste ano 📝
Em resumo:
Aspecto |
Detalhes |
Investimento |
R$
290,2 milhões (linha de glúten) + R$ 729,7 milhões (complexo total) |
Produção
anual |
25,6 mil
t glúten, 209 mi L etanol, 153 mil t farelo DDGS |
Empregos |
~29
diretos e 500 indiretos (glúten), +800 durante obras |
Sustentabilidade |
Energia
por biomassa, reaproveitamento de efluentes, reduz importações |
📅 Cronograma de obras e fases
1.
Terraplanagem – Iniciada em agosto de 2024, movimentou cerca de 1,5 milhão de
m³ de terra em um terreno de 80 ha
2.
Segunda
fase – Já em março de 2025, começaram as obras de
base e fundações, coordenadas pela Brasil ao Cubo, de SC
3. Previsão de operação – A entrada em funcionamento está prevista para 2026, com geração de empregos durante obras e operação .
🔍 Mais detalhes do projeto
·
Complexo integrado – A
fábrica de glúten vital faz parte de um parque que incluirá também produção de
etanol (até 209 mil m³/ano) e DDGS (farelo) — cerca de 155 mil t/ano Capacidade de glúten –
Produção estimada de 25,6 a 35 mil t/ano — volume suficiente para suprir toda a
demanda nacional (22,1 mil t em 2024) e o mercado do Mercosul .
·
Energia sustentável –
Instalação com cogeração a partir de biomassa, abastecendo a própria planta e
vendendo energia excedente para a rede local; nenhum efluente líquido será
descartado — todo reaproveitado para gerar vapor 🌾
Benefícios socioeconômicos
·
Geração de empregos
·
Implantação: entre 800 e
1 300 postos de trabalho (total parque)
·
Operação: cerca de 175 a
200 empregos diretos + ~500 indiretos na fábrica de glúten
·
Apoio à cadeia produtiva local – A proximidade com os 170 municípios produtores de trigo do RS
limita transporte, cria nova alternativa ao cultivo de inverno e impulsiona a
economia regional Capacitação
técnica – Parceria com escolas locais e
instituições de ensino para cursos técnicos e qualificação para manutenção e
operação Incentivo
público – O projeto conta com financiamento BNDES
(“Mais Inovação”) e protocolo de intenções com a Prefeitura local, incluindo
benefícios econômicos e fiscais 🏛
Financiamento e viabilidade
·
BNDES – glúten vital:
R$ 290,2 milhões (via Programa Mais Inovação)
·
BNDES – etanol e estrutura:
R$ 729,7 milhões, sendo R$ 500 milhões destinados à produção de etanol a partir
de cereais
· Total do projeto: mais de R$ 1 bilhão investido no parque integrado (etanol + glúten)
🎯 Impacto estratégico
Eixo |
Objetivo |
Soberania alimentar |
Fim da dependência total de
importação de glúten vital |
Sustentabilidade |
Energia limpa com biomassa, sem
efluentes líquidos |
Dinâmica regional |
Apoio ao trigo local, diversificação
de cultura, mais emprego |
Mercados atingidos |
Além do Brasil, Mercosul (Chile em
destaque) |
✅ Próximos passos
·
Continuidade da instalação da estrutura e montagem dos equipamentos ao
longo de 2025
·
Promoção de parcerias técnicas e operacionais com universidades e
institutos
·
Formação e capacitação das equipes locais, com
ênfase em treinamentos técnicos já neste ano
· Início da produção previsto para 2026, com entrada gradual de produtos no mercado
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