Um grave homicídio foi registrado na manhã de hoje, no bairro Sarandi, zona norte de Porto Alegre. Conforme informações da Brigada Militar, por volta das 10h40, policiais do 20.º Batalhão foram acionados após relatos de disparos em um posto de combustível localizado no cruzamento da Avenida Francisco Silveira Bittencourt com a Avenida Ecoville.
O que se sabe até o momento
- Testemunhas relataram que uma motocicleta chegou ao local, enquanto um casal abastecia o veículo (um Citroën C4), e cerca de oito disparos de pistola calibre 9 mm — arma de uso restrito — foram efetuados junto à janela do motorista.
- O homem atingido foi identificado como Vanclei Lener Dias Antunes, 28 anos, conhecido por “Nego Leni”. Ele morreu no local.
- A companheira dele (também 28 anos) foi baleada na perna e no quadril, estava consciente quando socorrida, e permanece internada sob cuidados.
- Segundo a Brigada, Antunes possuía antecedentes por três homicídios, uma tentativa de homicídio, além de roubo e receptação. Ele atuava como gerente de tráfico na região da Vila Vitória da Conquista (bairro Rubem Berta) e seria integrante da facção “Anti‑Bala”, aliada ao grupo “Os Abertos”.
- A polícia investiga o crime como possível convergência de disputa entre facções, já que a vítima estaria planejando abrir um ponto de tráfico no bairro Santa Rosa de Lima — área dominada por rivais da facção “Bala na Cara”.
- Além da Brigada Militar, equipes do Instituto‑Geral de Perícias (IGP) e do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) realizaram a perícia e o atendimento da ocorrência.
Contexto e implicações
Este
ataque evidencia a crueldade dos confrontos entre organizações criminosas em
zonas urbanas, e como tais grupos atuam diretamente em áreas de comércio e
serviços — locais que, em teoria, deveriam ter maior segurança. O fato de o
crime ocorrer durante a manhã, em um posto de combustível movimentado, reforça
a sensação de insegurança para moradores e comerciantes da região.
Além do
dano imediato — a morte de um homem e o ferimento de uma mulher — há impactos
mais amplos:
- Para a comunidade local: o medo se intensifica, e
os negócios ficam mais vulneráveis, especialmente em terminais de serviços
e comércio de rua.
- Para a polícia e sistema de
justiça:
exige maior mobilização para apurar autoria, entender motivações (como
disputa de tráfico, vingança ou execução) e evitar que novos episódios
similares ocorram.
- Para políticas públicas: acende o alerta sobre
carência de controle territorial, fiscalização de armas e presença
preventiva em bairros com histórico de criminalidade.
O que fazer se você estiver na região
Para
moradores ou proprietários de estabelecimento no bairro Sarandi ou arredores,
algumas recomendações práticas podem ajudar a reduzir riscos:
- Verificar câmeras de
segurança (CFTV) e, se possível, ampliar a cobertura das imagens para
captar veículos que chegam/saem, sobretudo em horários de menor movimento.
- Manter contato constante com
a polícia comunitária ou vizinhança para troca de informações sobre
veículos suspeitos ou movimentações atípicas.
- Evitar manter agentes de
risco visíveis ou carregar valores elevados em locais pouco monitorados.
- Em caso de emergência,
acionar a Brigada Militar pelo número 190 e aguardar orientação, evitando
confrontos ou perseguições por conta própria.
Próximos passos da investigação
- O DHPP está colhendo
depoimentos de testemunhas que estavam no local ou chegaram logo após os
disparos.
- Serão analisadas as câmeras
próximas ao posto para identificar a motocicleta usada pelo atirador e
seus possíveis trajetos.
- A perícia balística está
identificando se os projéteis utilizados correspondem a armas apreendidas
em operações anteriores com facções da região.
- A investigação também focará
em localizar cúmplices ou autores materiais que possam ter auxiliado na
fuga do autor.
- Dependendo dos resultados,
será avaliada a tipificação do crime como homicídio qualificado ou
execução por conta de facção, o que altera a gravidade e pena prevista.
Conclusão
O
episódio ocorrido no bairro Sarandi representa mais do que mais uma estatística
de violência: mostra o quanto a atuação de facções criminosas pode penetrar em
espaços cotidianos e públicos, transformando locais de serviço em cenários de
crime. A comunidade, a polícia e o poder público precisam articular respostas
conjuntas — desde melhorias na vigilância até fortalecimento de redes de apoio
à segurança local — para evitar que tragédias semelhantes voltem a ocorrer.
Fonte da matéria AQUI
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Jefferson Freitas | Passo Fundo | 29/10/2025 – 16h13
Blog do Gauchão Tchê – www.gauchaotche.com.br

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