Porque, no Brasil, discordar virou esporte de risco
Parece cena de novela mal escrita, mas é vida
real: em pleno jogo da Série C do Gauchão
de Futsal, na cidade de Sarandi
(RS), um cidadão de 50 anos achou que o melhor jeito de resolver uma
briga política era com duas facadas. Afinal, se o voto é secreto, a faca é
pública, né?
O caso aconteceu no dia 7 de junho, no fim da
partida entre ANF Futsal e Horizontina.
O jogo quase terminou em gol... mas terminou em hospital. O agressor, irritado
com a opinião política de outro torcedor, de 37 anos, resolveu deixar de lado a
bola e puxar a lâmina. Sim, por política.
E não foi por causa do VAR ou de um pênalti duvidoso. Foi por política municipal — a mais emocionante das
tretas.
Briga antiga, faca nova
A polícia descobriu que os dois envolvidos já
tinham desavenças políticas desde as eleições de 2024. E como todo bom
democrata de boteco, o agressor decidiu que estava na hora de resolver no
"estilo medieval": partiu pra cima e acertou duas facadas na perna do desafeto, bem no meio da
torcida.
A vítima foi levada ao hospital e sobreviveu,
enquanto o agressor foi identificado, ouvido, e agora indiciado por tentativa de homicídio e tumulto em evento
esportivo. Ah, detalhe: os dois
têm antecedentes criminais. Porque claro, quem melhor para
protagonizar uma treta dessas?
E o jogo? Foi interrompido, claro.
Durante 15 minutos, a partida parou — porque
não dá pra driblar facada. O clube ANF
Futsal publicou nota, dizendo que repudia “todo e qualquer ato de
violência”. O que é o mínimo, né? Faltava dizer que o time também repudia
apedrejamentos, tiroteios e guerras civis em quadra.
E agora?
O caso foi encaminhado ao Ministério Público. O agressor segue respondendo em liberdade. Afinal, aqui se discute política com faca, mas se responde com boletim de ocorrência e talvez uma tornozeleira, se muito.
Moral da história?
Enquanto uns se estapeiam por político que nem
sabe que eles existem, outros seguem o jogo. Literalmente.
Mas fica a dica: na próxima eleição, pense bem. Pode ser que seu voto acabe
rendendo uma briga na arquibancada... ou um corte na canela.
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