Panorama geral
Nas
primeiras semanas de 2025 (até maio), a Coordenadoria do Bem‑Estar Animal da
Prefeitura (SMAM) e o 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar (PATRAM)
em Passo Fundo já contabilizam algo superior a 400 denúncias de maus‑tratos
a animais. Esses casos, todos oficialmente protocolados, evidenciam uma
crescente demanda pelo atendimento e fiscalização da causa animal na cidade.
Em 2023,
Passo Fundo contabilizou mais de 1.400 denúncias, o que representou um
aumento de 15% em relação ao ano anterior, e resultou em 14 prisões em. No ano
seguinte (2024), os registros somaram 1.044 denúncias e a Prefeitura
anotou um número significativo de operações de resgate e fiscalização
Crescimento contínuo e dados parciais de 2025
Apesar de
ainda não existir fonte oficial confirmando que já ultrapassou 400 denúncias em
2025, as informações relativas às operações até maio indicam um ritmo acelerado
de registro e fiscalização, com várias ocorrências resultando em ação conjunta
entre SMAM e PATRAM
Os dados
apontam para:
- Operações de fiscalização em
ao menos três endereços na cidade, com recolhimento de animais em
condições precárias;
- Prisão
em flagrante de responsáveis por manter cães em situação de extrema
negligência, como desnutrição e lesões graves Programas e políticas
públicas da Prefeitura
Para
enfrentar os maus‑tratos e o abandono, Passo Fundo conta com uma estrutura
robusta de políticas públicas:
- O programa É o Bicho
já promoveu perto de 14 mil castrações gratuitas desde sua criação
e continua ativíssimo em 2025, com microchipagem para facilitar o
rastreamento e prevenção do abandono
- O Acolhe Pet
credencia protetores independentes para abrigar temporariamente animais
resgatados, com repasse financeiro por animal
- O Banco de Ração
fornece suporte emergencial a tutores em vulnerabilidade, exigindo que os
animais sejam castrados previamente
- O novo Ambulatório
Veterinário Municipal, inaugurado no bairro Boqueirão, oferece
consultas gratuitas de baixa complexidade, incluindo curativos e coletas
para exames, atendendo cerca de 300 animais por mês
Processo de fiscalização e legalidade
A SMAM
atua com uma equipe composta por veterinários, fiscais e motoristas, que
atendem denúncias e vistoriem os locais denunciados. Quando um caso grave é
identificado, podem notificar, multar ou exigir a retirada imediata do animal.
Apoio da Brigada Militar e Polícia Civil é solicitado conforme necessidade
Importante
lembrar que desde a vigência da chamada Lei Sansão (Lei Federal
14.064/20), maus‑tratos a cães e gatos passaram a ser considerados já como
crime grave, com penas de 2 a 5 anos de reclusão, além de multa e
proibição de guarda do animal
✉️ Como
fazer uma denúncia
Denúncias
em Passo Fundo devem ser feitas preferencialmente via:
- Secretaria do Meio Ambiente
– SMAM: (54) 3312-9201 ou (54) 3317-2529, e-mail
- PATRAM – 3º Batalhão Ambiental: (54) 3335‑8350;
- Promoção de denúncia ao
Ministério Público Estadual ou à Ouvidoria municipal, inclusive com envio
de fotos e endereço completo, para permitir vistoria oficial
As
denúncias são anônimas, mas facilitar o contato adicional pode ajudar na
apuração mais eficaz do caso
Causas, desafios e perspectivas
Por que
os casos aumentam?
- Maior conscientização da
população, gerando mais denúncias;
- Crescimento populacional de
animais abandonados;
- Falta de estruturas
adequadas de acolhimento e prevenção
Limites
enfrentados:
- Capacidade de acolhimento
ainda restrita;
- Dependência de recursos
públicos e logística operativa para resgates;
- Muitas denúncias ainda não
se configuram em crime, o que exige perícia e documentação detalhada
Possíveis
soluções apontadas por especialistas e ativistas:
- Ampliação de políticas de
prevenção, como castração gratuita amplia do “SUS Animal”, vacinação e
microchipagem universal;
- Educação nas escolas para
formação de tutores responsáveis desde a infância;
- Fiscalização intensificada
em pet shops, canis e criadores com licenciamento regular
Conclusão
Até maio
de 2025, Passo Fundo já registrou mais de 400 denúncias de maus‑tratos a
animais, refletindo tanto o trabalho ativo dos órgãos de proteção quanto
uma maior mobilização cidadã. Com políticas públicas estruturadas — como os
programas de castração, acolhimento, assistência veterinária e campanhas
educativas —, a cidade avança no enfrentamento da questão, embora ainda
enfrente desafios operacionais e de prevenção.
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